Presidente da CPMI do INSS propõe acordo sobre prioridades entre os convocados
Comissão busca definir uma lista de nomes prioritários entre os 135 convocados para depor. Sessão desta segunda-feira (6) ouviu o empresário Fernando Cavalcanti, investigado na Operação Sem Desconto.
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), propôs nesta segunda-feira (6) um acordo entre os membros da comissão para definir uma lista de prioridades entre os 135 nomes convocados a prestar depoimento. A sugestão foi feita durante a abertura da reunião, que contou com a presença do empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, investigado pela Operação Sem Desconto.
Segundo Viana, o número elevado de convocados torna necessário o estabelecimento de critérios para organizar as oitivas. Ele informou que os líderes da CPMI se comprometeram a indicar os nomes considerados mais relevantes para as próximas sessões.
Durante a reunião, o presidente da CPMI destacou que a presença de Cavalcanti já representa um avanço nas investigações. “Este ano é muito importante pra gente ver quem roubou e onde está o dinheiro da Previdência”, afirmou o senador, reforçando a expectativa de que o empresário colabore com o trabalho da comissão, mesmo tendo o direito de permanecer em silêncio.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) defendeu uma postura mais pragmática da CPMI e sugeriu ampliar a agenda de reuniões para três dias por semana, em vez de dois. Ela argumentou que a comissão deve priorizar a oitiva de autoridades de alto escalão, tanto do governo anterior quanto do atual. “Devemos ter uma lógica para uma investigação minimamente razoável. O ideal é pegar os peixes grandes, seja de que governo for”, declarou Soraya, citando ex-ministros como Paulo Guedes (Economia), Wagner Rosário (CGU) e Jorge Messias (AGU).
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), informou que entrará em contato com o ex-funcionário conhecido como Edson Claro, ligado ao investigado “Careca do INSS”, e com o advogado Paulo Augusto de Araújo Boudens, que teriam relatado estar sofrendo ameaças por possuírem informações sobre o esquema de fraudes. Gaspar afirmou que buscará apoio da Polícia Federal para garantir a segurança dos envolvidos e esclarecer os fatos.
A CPMI do INSS segue em andamento no Congresso Nacional com o objetivo de apurar possíveis irregularidades em descontos indevidos em benefícios previdenciários e o destino dos recursos desviados.



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