CPMI do INSS: Carlos Viana aponta falhas de órgãos de controle em prevenção de fraudes
Presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que os mecanismos de controle não impediram fraudes que geraram prejuízos bilionários a aposentados e pensionistas.
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), destacou nesta quinta-feira (2) que os órgãos de controle falharam em evitar as fraudes que afetaram aposentados e pensionistas da Previdência Social. A declaração foi dada após o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, que presta esclarecimentos à comissão desde o período da manhã.
Segundo Viana, os dados apresentados pela CGU demonstram que mecanismos de fiscalização contra corrupção e desvio de recursos não foram eficazes. Ele citou falhas nos acordos de cooperação técnica e em descontos feitos sem autorização como fatores que possibilitaram o esquema.
O senador lembrou que as primeiras denúncias de fraudes surgiram em 2016, aumentando a partir de 2019. Para ele, o excesso de burocracia, a influência política e a ausência de um controle efetivo contribuíram para o prejuízo bilionário.
Durante a reunião, Viana também afirmou esperar que o Supremo Tribunal Federal autorize a CPMI a ouvir o empresário Maurício Camisotti, preso por ordem do ministro André Mendonça e apontado como beneficiário das fraudes em conjunto com outros investigados. O presidente da CPMI disse que, caso necessário, a comissão poderá se deslocar até a sede da Polícia Federal para colher o depoimento.
Além disso, Viana reforçou que todos os convocados devem cumprir a agenda de oitivas já solicitada. Segundo ele, alguns investigados demonstraram resistência em marcar datas, o que pode levar à adoção de medidas judiciais, incluindo a condução coercitiva.
“Essas pessoas não vão escapar de dar seu depoimento. Se falarem a verdade, serão respeitadas. Mas se mentirem, vamos avaliar inclusive a possibilidade de voz de prisão”, afirmou o senador.
Fonte: Agência Senado



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